segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Começa a série de eventos “Cinema no Cepe”

O título do filme “Antes de partir” indica um movimento de ir embora. Para onde? No caso do filme, partir para a morte. Com direção de Rob Reiner, o filme norteamericano (no original The Bucket List), produzido em 2007, é estrelado pelos atores Jack Nicholson e Morgan Freeman.

A série Cinema no Cepe é uma iniciativa do Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento, vinculado ao Instituto Vital Brazil, com curadoria da psicóloga Dulcineia Monteiro – analista Junguiana, membro do Conselho Consultivo de Gerontologia da Sociedade Brasileira de Gerontologia e autora de diversos livros, entre eles, Espiritualidade e Finitude - Aspectos Psicológicos.

Foto: Thelma Rezende, diretora do Cepe (à esquerda), com Dulcineia Monteiro.

Obra de abertura da série, o filme Antes de partir foi exibido no dia 4 de agosto, às 18h, seguido de discussão pela curadora e pelo público participante. Os quatro encontros da série ocorrerão sempre na primeira segunda-feira do mês.

Segundo Dulcineia, a história dos dois personagens após receberem a notícia de que têm pouco tempo de vida retrata nossa “dificuldade de lidar com a finitude e a morte”. A trajetória de cada personagem até aquele momento carregava as marcas do estilo de vida definido por eles e pelas circunstâncias. “Um deles, Carter (personagem de Morgan Freeman), teve seus planos modificados na juventude pela gravidez inesperada da namorada, levando-o a tornar-se um homem com família, sem possibilidade de estudos de nível superior e dedicado ao trabalho”. O outro, Edward (interpretado por Jack Nicholson), vivenciou casamentos rápidos, não se relacionou com a filha, progrediu nos negócios e enriqueceu.

Diante da notícia da morte próxima, para Dulcineia, os dois ressignificam suas vidas, assim transmitindo ao público expectador uma mensagem sobre os aspectos positivos da vida, que também devem estar presentes na velhice. “A alegria e a amizade são elementos altamente recomendados pelo filme”, pontuou Thelma Rezende, diretora do Cepe.

No filme, o período de doença e prognóstico se passa no ambiente hospitalar, sempre um espaço fechado e monocolor. Quando os dois personagens saem para a “vida”, as cenas são abertas, cheias de paisagens, muitas pessoas e cores. Os personagens se abrem para a vida. 

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