A rejeição à ideia da morte tem seu contrário: pessoas se juntam para falar da morte. O encontro acontece em um café de Londres, promovido pelo Death Cafe, uma organização sem fins lucrativos que diz ter a missão de “aumentar a consciência da morte a fim de ajudar as pessoas a viverem melhor”.
Em reportagem da jornalista brasileira radicada em Londres, Beatriz Portugal, o motor para falar sobre a morte é a diversidade de temas relacionados à finitude. Fala-se de tudo, desde o declínio do corpo, passando por vida após a morte, até providências a serem tomadas, como testamentos e opção por sepultamento ou cremação, diz a matéria intitulada “Esse café é de morte”, publicada no número de agosto da revista Piauí.
Os participantes do Café da Morte são pessoas que querem abordar o assunto, não estão de luto, nem doentes ou obcecadas pela morte. Comem petiscos enquanto conversam, sem roteiro ou protocolo. Segundo a matéria, o organizador coloca como única regra o respeito às opiniões e crenças e que o encontro não é uma sessão de terapia. Em geral são cerca de 30 participantes de meia-idade que formam um “movimento” aberto a quem desejar aderir.
Se para alguns o assunto “morte” é tabu, para outros é estímulo para encontros, trocas de ideias e liberdade de escolha.
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