quarta-feira, 23 de abril de 2014

Envelhecimento em Moçambique - o relato de dois brasileiros

Um pesquisador estuda as condições de vida da população idosa moçambicana com um olhar sobre as características específicas do país inscritas nas relações entre as gerações. O ponto de partida do pesquisador brasileiro Gustavo Toshiaki Lopes Sugahara é uma perspectiva calcada na dimensão humana do tema investigado e em sua formação em economia com abordagem mais qualitativa. Gustavo Sugahara é pesquisador do Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE), em Maputo, e do Centro de Estudos Sobre a Mudança Socioeconómica e o Território, em Lisboa.

Outro brasileiro, originário das políticas públicas do envelhecimento e da área de saúde do idoso no Brasil, o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), José Luiz Telles, conhece a realidade moçambicana, agora como Diretor do "Escritório Regional da Fiocruz em África", sediado na cidade de Maputo. Telles atuou na Coordenação da Área Técnica da Saúde do Idoso e na Direção do Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas do Ministério da Saúde. É doutor em Saúde Pública pela FIOCRUZ, mestre em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e médico formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF).

Seus relatos foram apresentados no seminário "Envelhecimento Populacional em Moçambique: Conquista, Ameaça ou Oportunidade?" realizado no dia 17 de abril, em iniciativa conjunta do Centro Internacional de Longevidade Brasil (ILC-BR) e do Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (CEPE).

A introdução dos dois experts coube a Ina Voelcker, gerontóloga, pesquisadora e coordenadora de Projetos do ILC-BR, que trabalhou na HelpAge International, organização atuante na África, responsável pelos três terem se conhecido durante pesquisa lá desenvolvida. A experiência de Ina nessa organização está associada ao relatório global "Envelhecimento no Século XXI: Celebração e Desafio" (UNFPA / HelpAge, de 2012) e ao "Global AgeWatch Index".

O presidente do ILC-BR, médico e gerontólogo Alexandre Kalache, também conhecedor das questões africanas e vinculado à HelpAge como Embaixador Global para Envelhecimento, mediou o debate.
Em debate, a partir da esquerda, Gustavo Sugahara, José Luiz Telles e Alexandre Kalache.
 
Gustavo Sugahara falou da experiência de Moçambique no desenvolvimento de sua relação com as pessoas mais velhas, seus aspectos globais, características, perspectivas, quadro institucional e desafios. Para o pesquisador, "Moçambique deverá viver nas próximas décadas uma mudança na estrutura etária da sua população, jamais vista na história do país."
 
Afirmou ainda que em pouco mais de meio século a população idosa moçambicana deve passar por sucessivas duplicações, aumentando de pouco mais de 1 milhão de pessoas, para cerca de 9 milhões. Diante desse panorama, o pesquisador coloca perguntas sobre como vivem os idosos em Moçambique, se "o aumento da esperança de vida vai se tornar uma conquista ou um fardo para a sociedade moçambicana e quais opções de proteção social existem para fazer face à pobreza dos idosos?"

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Mais além da pessoa idosa cuidada – quem cuida também deve ser cuidado

A primeira idéia associada ao significado de “cuidado” estava alinhada a uma definição de Leonardo Boff, teólogo e pensador da Teologia da Libertação no Brasil.
 
Em sua apresentação, o médico Sérgio Paschoal citou as palavras que Boff relaciona ao cuidado: “desvelo, solicitude, diligência, zelo, atenção, bom trato”. E destacou a “carícia” como gesto central para o cuidado - “uma de suas expressões máximas; essencial, quando se transforma numa atitude, num modo de ser, que qualifica a pessoa em sua totalidade.”
 
Como a mão é considerada o órgão fundamental da carícia, o toque na pessoa idosa constitui parte integrante dos princípios que orientam o Programa Acompanhante de Idosos (PAI) apresentado em seminário por Sergio Paschoal, com base no livro “Saber cuidar: ética do humano, compaixão pela terra”, que enuncia que “tudo o que existe e vive, precisa ser cuidado para continuar a existir e a viver”. Sérgio Paschoal é médico geriatra do Serviço de Geriatria do Hospital das Clínicas da FMUSP, coordenador do PAI e da Área Técnica de Saúde do Idoso da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo.
 
O seminário “Programa Acompanhante de Idosos – relato de uma iniciativa premiada”, realizado no dia 16 de abril, foi uma iniciativa conjunta do Centro Internacional de Longevidade Brasil (ILC-BR) e do Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (CEPE), no âmbito do Ciclo de Eventos “Desenvolvimento de uma Cultura do Cuidado” concebido em consonância com a Declaração do Rio: “Além da Prevenção e Tratamento: Desenvolvendo uma Cultura do Cuidado em resposta à Revolução da Longevidade”.
Apresentação de Sérgio Paschoal
 
Os direitos dos idosos levados a sério
 
Sérgio Paschoal relatou que o PAI se configura como uma política pública inovadora voltada a situações de dependência nas Atividades da Vida Diária, de isolamento social e de falta de acesso aos serviços sociais e de saúde. Está estruturado “como um serviço de acompanhantes comunitários, treinados para uma prática com abordagem biopsicossocial e supervisionados”. As equipes atendem em domicílio, para o acompanhamento das pessoas idosas com graus variáveis de vulnerabilidade e dependência. Os acompanhantes desenvolvem as atividades de companhia ao idoso e apoio nas áreas de alimentação, higiene pessoal, saídas e lazer, além de ajudar na manutenção da moradia e de utilizar o que está disponível na comunidade como, entre outros: ginástica, fisioterapia e passeios. Cada equipe é composta por 1 Assistente Social (Coordenador), 1 Médico, 1 Enfermeiro, 2 Auxiliares de Enfermagem, 10 Acompanhantes de Idosos,  1 profissional Administrativo e 1 Motorista.
 
Quanto às localidades atendidas, o PAI iniciou sua atividade em 2004 na região da Sé, com uma equipe de seis acompanhantes e um total de 10 idosos. Hoje se estende por todas as coordenadorias de saúde da Cidade de São Paulo, tendo saltado de 14 unidades em 2008, para 22 em 2012 – quando alcançou 2.183 pessoas idosas. Sérgio Paschoal informou que, em 2011, o custo mensal de cada unidade do PAI era de R$51.849,88. O avanço do PAI pelo território leva em consideração o que Paschoal chama de “vidas diferentes, realidades semelhantes”, quando a decisão pela implantação do serviço na área do Itaim Bibi revelou pessoas idosas em situação de desamparo após perdas financeiras e familiares ou apenas distanciamento das famílias.
 
A Área Técnica de Saúde do Idoso da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo disponibiliza as informações completas sobre o PAI no Documento Norteador, onde constam os detalhes de seu escopo inovador.
 
Momento oportuno
 
A “Declaração do Rio” proposta em outubro de 2013 e pactuada internacionalmente evidencia a longevidade como conquista do século XX, em razão do aumento da expectativa de vida ao nascer em mais de 30 anos. Reconhece ainda que as rápidas transformações sociais influenciam a constituição de redes familiares, tornam a vida urbana mais complexa e dispersa e dificultam a provisão de cuidados sem ajuda adicional. O documento conclui que há “uma crescente crise global de ‘insuficiência familiar’”.
 
Nesse contexto, a sociedade brasileira se organiza para o cuidado prestado por um cuidador familiar ou caracterizado por um agente externo à família - o acompanhante ou cuidador de idosos - e para a manutenção da pessoa em seu domicílio. A demanda pela contratação de cuidadores movimenta um “setor” que chama a atenção de gestores públicos e da Academia e motivou o convite a representantes desses dois segmentos da sociedade civil para a discussão sobre o PAI.
 
Com moderação do presidente do ILC-BR, médico e gerontólogo Alexandre Kalache, o debate contou com Cristiane Brasil, vereadora, pesquisadora da área do envelhecimento e ex-secretária da Secretaria Especial do Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida (SESQV), e com Angélica Sanchez, gerontóloga, presidente do departamento de gerontologia da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia RJ e docente do curso de Especialização em Geriatria e Gerontologia UnATI/UERJ.
 
Em debate, a partir da esquerda: Alexandre Kalache, Sérgio Paschoal, Cristiane Brasil e Angélica Sanchez.
 
Quando à frente da Secretaria Especial do Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida (SESQV), a vereadora Cristiane Brasil, diante da preocupação com o tema, criou um grupo de estudos sobre o cuidador de idosos para fundamentação da equipe e desenvolvimento de reflexões subsidiárias de ações da Secretaria. Ao comentar a exposição de Sérgio Paschoal, destacou a emoção despertada por suas realizações e a necessidade de um duplo compromisso de gestores públicos com o tipo de política expressa no PAI: o financiamento e a disposição dos políticos para que se concretize.
 
Angélica Sanchez exerce liderança na área de formação de cuidadores, conduzindo o debate que chega ao seu auge na proposição de um currículo mínimo para cursos destinados a formar pessoas para atuarem no cuidado de idosos; além de acompanhar os trâmites de projetos de lei voltados à regulamentação da atividade. Seu comentário sobre o PAI enalteceu a visão ampla nele contida sobre o que é cuidar e que o estabelecimento de uma política do cuidado deve ser o passo que antecede e fortalece a regulamentação do trabalho do cuidador.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Medicina de Família para garantir equidade e acesso universal aos cuidados de saúde

A equipe de Saúde da Família representa o lugar do primeiro contato do cidadão com a Medicina de Família, caracterizada por uma prática centrada na pessoa; articulada à família e à comunidade; balizada pela coordenação e continuidade do cuidado; e voltada à prevenção. Com essa visão, o Dr. Michael Kidd destacou a “importância de uma atenção primária forte, que garanta equidade e acesso universal aos cuidados de saúde, com abordagem centrada nas contribuições à Saúde e impacto na longevidade e no envelhecimento populacional”.
 
Michael Kidd é médico de família, presidente da Organização Mundial de Médicos de Família (World Organization of Family Doctors - WONCA) e Diretor da Faculdade de Medicina, Enfermagem e Ciências da Saúde da Universidade de Flinders, na Austrália. Em sua passagem pelo Rio de Janeiro, aceitou falar para os convidados do Seminário “Medicina de Família - Contribuições à Cobertura Universal e Longevidade”, para depois seguir viagem para a XXII Conferência Internacional sobre Saúde Rural e o IV Congresso Sul Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade, promovidos pela WONCA e pela Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, na cidade de Gramado, Rio Grande do Sul, de 3 a 6 de abril.
 
O seminário “Medicina de Família - Contribuições à Cobertura Universal e Longevidade” foi realizado no âmbito da parceria do Centro Internacional de Longevidade (ILC-BR) com o Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (CEPE), no dia 2 de abril, como parte do Ciclo de Eventos “Desenvolvimento de uma Cultura do Cuidado” alinhado à Declaração do Rio: “Além da Prevenção e Tratamento: Desenvolvendo uma Cultura do Cuidado em resposta à Revolução da Longevidade”, que convoca à ação todos os setores da sociedade, inclusive comunidades de fé e de solidariedade voluntária.
 
Participaram como debatedores, Rodrigo Bernardo Serafim - médico geriatra da UFRJ, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia seção Rio de Janeiro (SBGG-RJ), coordenador de enfermaria de geriatria, mestre em Clínica Médica pela UFRJ; e Betina Durovni - médica infectologista; subsecretária de Gestão de Redes da Secretária Municipal de Saúde, responsável pela coordenação e integração da rede de saúde, composta de vários serviços nas Unidades de Atenção Básica, Atenção Secundária com suas especialidades e nas redes de Urgência e Emergência e Terciária, com procedimentos mais complexos. O mediador foi o médico e gerontólogo, presidente do ILC-BR, Alexandre Kalache.

A partir da esquerda, Alexandre Kalache, Michael Kidd, Betina Durovni e Rodrigo Bernardo Serafim.
  
Segundo Michael Kidd, é o empenho pela efetividade da Atenção Primária que pode consolidar o cuidado preventivo, a promoção da saúde e as melhorias no cuidado das doenças crônicas e das comorbidades. Especialmente, é por meio da Atenção Primária que será alcançado um atendimento mais efetivo das necessidades de saúde da crescente população idosa em todo o mundo.
 
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A Organização Mundial de Médicos de Família (World Organization of Family Doctors - WONCA) é uma entidade sem fins lucrativos, fundada em 1972 por instituições de 18 países - um número que cresceu expressivamente em seus 42 anos de existência. Atualmente a WONCA se estende por 102 países, com 126 organizações-membro e cerca de 500.000 médicos de família filiados, inclusive brasileiros. A WONCA representa seus membros - médicos de família e clínicos gerais - junto a organismos internacionais como a Organização Mundial da Saúde, com a qual mantém relações oficiais e uma série de projetos colaborativos. Em dois anos, a WONCA retornará ao Brasil por ocasião da XXI Conferência Mundial de Médicos de Família a ser sediada no Rio de Janeiro, em novembro de 2016.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Voluntários cuidam da pessoa idosa em bases humanitárias

Quem vive um momento de fragilização espera amparo para viver seu cotidiano de maneira digna, em equilíbrio com as contribuições que já legou a sua comunidade, um cuidado prestado de acordo com os direitos das pessoas idosas, resultante de afeto e apreciação sinceros.
 
Enquanto as sociedades se preparam para todas as implicações do envelhecimento, na esfera pessoal as pessoas reconhecem a premência de cuidar para além da prevenção e do tratamento. Diante da fragilidade, a estratégia é mudar o paradigma para ter os sujeitos do cuidado – quem recebe e quem presta o cuidado – no centro de um processo social de trocas intergeracionais, de promoção da independência, de serviços públicos adequados e de toda espécie de contato facilitador do conforto e do bem estar da pessoa.
 
O trabalho apresentado no Seminário “A experiência da Pastoral da Pessoa Idosa - trabalho voluntário de visita domiciliar” se aproxima desses princípios, em consonância com os requisitos de uma cultura do cuidado estruturante de relações que podem suavizar condições de vida tornadas árduas. A Coordenadora Nacional da Pastoral da Pessoa Idosa (PPI) e Conselheira Titular no Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, Irmã Terezinha Tortelli, foi expositora no Seminário realizado pela parceria do Centro Internacional de Longevidade (International Longevity Centre Brazil – ILC-BR) com o Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (CEPE) na manhã do dia 1º de abril. A Pastoral da Pessoa Idosa foi fundada em 2004 por D. Zilda Arns Neumann, primeira coordenadora nacional e ícone do movimento, falecida em 2010.
 
Modo de ação da Pastoral desperta interesse no voluntariado
 
A apresentação da Irmã Terezinha Tortelli contextualizou o trabalho da Pastoral da Pessoa Idosa a partir da história de seu surgimento, fundação e implantação configurada por pessoas voluntárias da própria comunidade; capacitação básica e formação contínua mensal; organização de líderes comunitários e acompanhamento das pessoas idosas mais vulneráveis por meio de visitas domiciliares.
Irmã Terezinha Tortelli apresenta a Pastoral da Pessoa Idosa
 
Com essas visitas, a PPI objetiva fortalecer os vínculos familiares; prevenir a institucionalização; proporcionar uma ponte entre a família e os serviços de apoio e atendimento; identificar uma demanda (os fragilizados) e perceber a necessidade da organização da “Rede local de apoio à pessoa idosa”. Também é finalidade da PPI o incentivo à criação e participação nos conselhos de direitos da pessoa idosa em todos os níveis. A Irmã Terezinha ressaltou o papel essencial do sistema de informação sobre a situação das pessoas idosas acompanhadas, com dados coletados nos municípios de atuação da PPI e indicadores de efetividade do programa.
 
A Irmã Terezinha Tortelli enfatizou a importância fundamental de que se realize “parcerias, somando esforços com outras pastorais, comunidade científica, associações de geriatria e gerontologia, organizações de defesa de direitos das pessoas idosas, de assistência social e outras entidades afins”.
 
O encantamento do público com o programa suscitou muitas perguntas e comentários lidos pelo mediador do debate, Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional de Longevidade (ILC-BR). Esse momento do seminário trouxe para o público o trabalho de natureza diversa do voluntariado, vivenciado por uma coordenadora de cursos de preparação de cuidadores de idosos e por uma cuidadora de idosos. Rosângela Gomes é coordenadora de cursos de cuidador do CEPE e, desde 2009, do Instituto Vital Brazil; é enfermeira do Hospital Universitário Antonio Pedro (UFF) e atua como docente nos cursos e nos contatos com equipes da atenção primária das localidades para identificar as famílias com idoso dependente. A cuidadora de pessoas idosas, Claudineia Santos Costa, tem 15 anos de experiência no cuidado domiciliar; é formada em curso para cuidadores promovido pela Associação de Aposentados e Pensionistas de Volta Redonda e possui curso de Técnica de Enfermagem.
Em debate: Alexandre Kalache, moderador, Claudineia Santos Costa, cuidadora de idosos, Rosângela Gomes, coordenadora de cursos para cuidadores de idosos, e Irmã Terezinha Tortelli, coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa.
 
Ao final do seminário, surgiu uma proposta de juntar esforços com a PPI a ser intermediada pelo Centro Internacional de Longevidade (ILC-BR).
 
Sobre a expositora:
 
A Irmã Terezinha Tortelli assumiu a função no dia 18 de maio de 2010, após falecimento da Dra. Zilda Arns que exercia a coordenação nacional. A Irmã Terezinha Tortelli nasceu no Interior do Rio Grande do Sul, formou-se Enfermeira pela PUC-Paraná, cursou pós-graduação em Planejamento Familiar pela Universidade do Chile e em Gerontologia Social pela PUC-RGS. A Pastoral da Pessoa Idosa foi fundada no dia 05 de novembro de 2004, durante a I Assembléia Nacional da Pastoral da Pessoa Idosa (PPI), e seu trabalho voluntário de visita domiciliar se estende por 25 estados e 800 municípios. Atuante na Pastoral desde sua fundação, a Irmã Terezinha Tortelli foi Secretária Executiva durante a coordenação de Zilda Arns. Como Coordenadora Nacional da Pastoral da Pessoa Idosa, a Irmã Terezinha recebeu da Presidenta da Republica Dilma Rousseff o Prêmio Nacional de Direitos Humanos 2012 na categoria “Garantia dos Direitos da Pessoa Idosa”, durante solenidade no Palácio do Itamaraty, em Brasília (DF), no dia 17 de dezembro de 2013.
 
O Ciclo de Eventos “Desenvolvimento de uma Cultura do Cuidado” é uma iniciativa conjunta do Centro Internacional de Longevidade Brasil (ILC-BR) e do Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (CEPE), alinhada à Declaração do Rio: “Além da Prevenção e Tratamento: Desenvolvendo uma Cultura do Cuidado em resposta à Revolução da Longevidade”, que convoca à ação todos os setores da sociedade, inclusive comunidades de fé e de solidariedade voluntária.