Vidas chegam ao fim, em qualquer idade, por diversas causas. O fato de se chegar à velhice associa essa etapa da vida à finitude e à perspectiva considerada distante por muitos de nós – com exceção dos estudiosos do tema.
A quarta edição do Fórum Finitude em Questão, com o título "Finitude, Bela Velhice, os Projetos da Medicina Antiaging", foi realizado no dia 13 de agosto, para discutir a velhice como expansão da expectativa de vida - uma bela velhice, caso seja olhada por esse prisma.
O Fórum foi realizado de 10h às 12h, no auditório do Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento – CEPE, aberto ao público. As condutoras do debate foram Mirian Goldenberg, antropóloga, professora da UFRJ, colunista do jornal Folha de São Paulo (primeira à esquerda); Fernanda Rougemont, doutoranda em sociologia e antropologia na UFRJ (à direita) e Thelma Rezende, diretora do CEPE (no centro).
Após exposição de Fernanda Rougemont sobre sua pesquisa centrada em Medicina Antiaging, Mirian destacou vários pontos da proposta “Bela Velhice”, transformada em livro. Entre suas recomendações para uma velhice bela, Mirian enfatiza a extrema necessidade de que se tenha um projeto de vida. Outras indicações foram ter tempo para si e mais foco em si mesmo; planejar quem vai prestar o cuidado quando necessário; o grande valor da amizade nessa fase; simplificar a vida de forma geral e a vida doméstica em particular; reorganizar os relacionamentos para evitar tudo que seja prejudicial e humor com muito riso.
Por fim, pontuou a preocupação que temos em classificar as pessoas pela idade, como se percebe em falas como “você não parece a idade que tem”, “aos sessenta anos tenho cabeça de 20”, entre outros comentários dos participantes da pesquisa que gerou o livro A Bela Velhice. E ressaltou a expressão da língua inglesa, ageless, que não carrega a preocupação com a idade e nos torna inclassificáveis quanto à idade.
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