terça-feira, 23 de abril de 2013

A necessidade de desenvolver políticas públicas para uma boa qualidade de vida na velhice foi tema de videoconferência com universidade do México

Entre os fatores implicados na possível qualidade de vida do idoso, Alexandre Kalache, médico e gerontólogo, presidente do Centro Internacional de Longevidade (ILC-Brazil), destacou “a mudança da idade para a aposentadoria, a inclusão do tema do envelhecimento no currículo dos profissionais de saúde e a apropriação pelo idoso do ambiente em que vive”.
 
A fala de Alexandre Kalache se destinava a estudantes e docentes do Instituto de Investigaciones Sociales, da Universidade Nacional Autônoma do México (Universidad Nacional Autónoma de México), e foi efetuada desde Londres, por videoconferência, no dia 2 de abril, durante o Seminário Universitário Interdisciplinar sobre Envelhecimento e Velhice, coordenado pela Dra. Verónica Montes de Oca.

Em palestra intitulada “A revolução da longevidade. Implicações para políticas públicas”, Kalache discutiu o envelhecimento ativo com a perspectiva do curso de vida, as grandes transformações na pirâmide populacional, a situação do envelhecimento no México e as recomendações para o enfrentamento dos desafios colocados pelo aumento da expectativa de vida.

Além dos estudantes e docentes a quem a palestra foi dirigida, sua transcrição está disponível na midiateca do Instituto.

Link para a íntegra da videoconferência
http://www.iis.unam.mx/pdfs/envejecimiento_kalache_vmo.pdf

Link para a página da midiateca
http://www.iis.unam.mx/index.php/sala/mediateca

---
O Centro Internacional de Longevidade (ILC-Brazil) é uma organização parceira do Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (CEPE) e filiada à rede global de International Longevity Centers (ILCs). Atua como um espaço autônomo de ideias, produção do conhecimento, troca de informações, proposição de políticas, mobilização social e relações internacionais sobre os temas da longevidade e do envelhecimento.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Qual a contribuição do cinema para uma sociedade mais amigável ao idoso?

Há algumas décadas a convivência urbana se realiza em um ambiente pleno de estímulos audiovisuais, em uma espécie de revolução que altera os processos cognitivos, estabelece uma comunicação permanentemente mediada por imagens e sons e intensifica os meios de contatos virtuais. No mesmo período, ocorre a revolução da longevidade: “hoje, há mais pessoas acima dos 65 anos, do que jamais houve antes”. Esse dado estatístico precisa fazer parte das histórias contadas pelo cinema, para que despertem o interesse pelas questões envolvidas no grande aumento do envelhecimento populacional.

Alexandre Kalache, médico e gerontólogo, presidente do Centro Internacional de Longevidade (ILC-Brazil), foi convidado de destaque do evento “Envision - questões globais através de documentários”, realizado em Nova Iorque, no dia 10 de abril, pela organização de cineastas independentes “Independent Filmmaker Project” em parceria com o Departamento de Informação Pública, da Organização das Nações Unidas (ONU). O Envision se fundamenta na crença de que as narrativas e os documentários podem ser ferramentas poderosas para construir um futuro melhor para todas as pessoas, em consonância com os Objetivos do Milênio estabelecidos no âmbito da ONU. O título da versão 2013 foi Histórias do Desafio Global da Saúde (Stories of the Global Health Challenge).

No Envision, Alexandre Kalache aproveitou a plataforma que juntou as mentes mais criativas do circuito cinematográfico e de novas mídias para falar sobre o que é necessário para que uma sociedade se torne mais amigável ao idoso, e a todas as idades. Segundo a Diretora Executiva do Independent Filmmaker Project, Joana Vicente, o foco da edição deste ano recai sobre a sociedade para o envelhecimento, além "da reversão do quadro das doenças não transmissíveis e das melhorias na saúde materna".

Após a exposição de Kalache, o moderador da sessão, Fisher Stevens (diretor e produtor) perguntou-lhe repentinamente qual seria sua idéia para um filme sobre envelhecimento.

Kalache contou uma história de mudança, em um mundo de crescente urbanização e rápido envelhecimento. A história de um jovem de Copacabana, bairro onde ele nasceu na época em que a expectativa de vida era de 43 anos. Essa localidade se caracteriza por uma grande quantidade de pessoas idosas, que, aos 60 anos espera ainda viver por mais 22 anos. Esse bairro forma um cenário que demanda mais ações transformadores para que se torne um ambiente amigável ao idoso e a todos que deverão envelhecer ativamente.


A partir do bairro de seu nascimento, Kalache descortinou a imagem de um movimento global iniciado em Copacabana, em 2005, que tomou proporções de uma iniciativa global, liderada pela Organização Mundial da Saúde e que hoje aglutina mais de mil comunidades ao redor do mundo. Essa iniciativa, conhecida como “Cidades Amigas do Idoso”, adota uma abordagem de “baixo para cima” (vozes dos idosos) e de “cima para baixo” (compromisso do poder público), para mobilizar a sociedade na direção de um envelhecimento ativo. A verdadeira noção do enfoque “amigo do idoso” provém de escuta das vozes das pessoas idosas, como requisito para que se estabeleçam políticas públicas efetivas.

A sugestão de aspectos cinematográficos do Brasil na área do envelhecimento, procurados pelos produtores, fica por conta de Pelé, da música Garota de Ipanema e de diversos outros ícones brasileiros que estão agora idosos e cheios de experiências a oferecer.

Mais informações:
http://www.envisionfilm.org/index.html

Em colaboração com Ina Voelcker.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Inovações no cuidado de saúde relacionado ao envelhecimento – um Think Tank na Universidade de Harvard


Alguém nascido em 1945, quando a expectativa de vida ao nascer era de 43 anos, está em atividade hoje – contra as previsões daquela época. Essa pessoa participa de um think tank em Harvard, apesar de ter se aposentado em 2007. Mudanças assim expressivas só são possíveis por que passamos por uma Revolução da Longevidade.

Esse comentário de Alexandre Kalache referia-se a si mesmo, na abertura de sua apresentação para um grupo de pensadores do programa de lideranças avançadas da Universidade de Harvard (Harvard University Advanced Leadership Initiative). O programa Advanced Leadership reúne personalidades de alto nível e de projeção em suas áreas de conhecimento em uma “usina de idéias” (think tank) regularmente promovida pela Universidade de Harvard e realizada este ano nos dias 4 e 5 de abril, sob o título “Inovações no cuidado de saúde e envelhecimento”.

O Programa de Lideranças Avançadas de Harvard foi concebido para projetar as habilidades de pensadores - líderes talentosos e experientes -, que estão no auge de suas vidas profissionais, de maneira a promover o encaminhamento de problemas sociais significativos, inclusive nas áreas de saúde e bem-estar, com foco na comunidade e no serviço público.

As questões de uma agenda para o envelhecimento e saúde fizeram parte do think tank composto por painéis de prestigiosos experts. O médico e gerontólogo Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional de Longevidade (International Longevity Centre Brazil) apresentou o tema “A Revolução da Longevidade: seu impacto global na sociedade do século XXI – e o papel de cada um...”, no painel “Envelhecimento Populacional nos países em desenvolvimento: desafios e oportunidades”.

Esse era o contexto ideal para a palestra de Kalache sobre o tema – um transgressor da expectativa de vida da época de seu nascimento, um aposentado em plena atividade, o ambiente de reflexão, a influência de Harvard sobre o pensamento ocidental, a presença em um think tank de estudos profundos e de articulação de conhecimentos no âmbito das idéias e das práticas, dos problemas e das oportunidades.

A exposição de Kalache discutiu o alcance global da revolução da longevidade, desencadeada por um salto de 30 anos na expectativa de vida na segunda parte do século XX. Chamou a atenção para o fato de que foram conquistados 30 anos extras no curso de vida e não 30 anos adicionais de velhice. Isso porque é possível desfrutar de um envelhecimento ativo, em uma transição que Alexandre Kalache chama de “gerontolescência”, similar ao constructo da geração de baby boomers chamado de “adolescência”, quando se percebeu que havia uma fase entre a infância e a vida adulta. A diferença é que a adolescência dura cerca de quatro ou cinco anos e a gerontolescência se prolonga por duas a três décadas.

Uma das características da revolução da longevidade é a mudança na ocupação do tempo com o trabalho, marcada por um longo período de trajetória profissional e poucos anos de aposentadoria (caso se conseguisse algum). A revolução aponta para um “curso de vida”, entendido como meio para alcançar qualidade de vida na velhice, diferente, quando se terá mais tempo dedicado à educação, intercalada com auto-cuidado, trabalho e lazer e períodos maiores de aposentadoria.

---
O Centro Internacional de Longevidade (ILC-Brazil) é uma organização parceira do Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (CEPE) e filiada à rede global de International Longevity Centers (ILCs). Atua como um espaço autônomo de ideias, produção do conhecimento, troca de informações, proposição de políticas, mobilização social e relações internacionais sobre os temas da longevidade e do envelhecimento.

Mais informações:

Colaboração:
Ina Voelcker
Louise Plouffe

quarta-feira, 27 de março de 2013

São Paulo se destaca como estado com avanços expressivos em políticas voltadas ao envelhecimento populacional


O seminário “A experiência de São Paulo Amigo do Idoso” trouxe sua iniciativa pioneira para ser conhecida pelo Rio de Janeiro. A preocupação com o aumento da população idosa - que hoje remonta a 11% de todos os habitantes do Estado de São Paulo - mobilizou o governo paulista para a criação do Programa Estado de São Paulo Amigo do Idoso, composto por ações intersecretariais, desenvolvidas em consonância com os quatro pilares propostos pela Organização Mundial da Saúde: proteção, educação, saúde e participação da população idosa.
Foto: Alexandre Kalache, Marília Louvison, Luiz Maurício Plotkowski, Louise Plouffe e Alessander Monaco.
Em realização conjunta do Centro Internacional de Longevidade (ILC-Brazil) e do Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (CEPE), o seminário foi realizado na manhã do dia 26 de março, com exposição da médica e doutora em Saúde Pública Marília Cristina Prado Louvison - pesquisadora do Instituto de Saúde, da Secretaria de Estado de São Paulo - e moderação do médico e gerontólogo Alexandre Kalache – Presidente do ILC-Brazil. A abertura foi realizada pelo médico Luiz Maurício Plotkowski, diretor geral do CEPE.

Para o debate, os organizadores do seminário convidaram o consultor de metodologia e integrante da Comissão Intersecretarial do Programa Estado de São Paulo Amigo do Idoso, Alessander Monaco Ferreira, que também é consultor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud); e a gerontóloga e doutora em Psicologia, Louise Plouffe, corresponsável pela concepção do projeto da Organização Mundial da Saúde “Age Friendly Cities” (Cidades Amigas dos Idosos) e por sua disseminação internacional e no Canadá - seu país natal-, onde acompanha o programa canadense “Comunidades Amigas dos Idosos”.
Durante o debate, a partir da esquerda: Alexandre Kalache, Marília Louvison, Louise Plouffe e Alessander Monaco.


Marília Louvison afirmou que “A sociedade precisa se organizar para todas as idades e reduzir as desigualdades - e o idoso precisa ser protagonista da sua história!”. A palestrante traçou o panorama que antecedeu o processo de construção do programa Estado de São Paulo Amigo do Idoso, que buscava responder a questões como quais as necessidades dos idosos, se as políticas públicas as atendem e se existem barreiras de acesso. Perguntavam-se, ainda, como preparar uma sociedade muito desigual e como construir políticas públicas para responder às demandas dos cidadãos que envelhecem. Haveria um meio para ampliar o acesso e a qualidade do cuidado com custos sustentáveis para a sociedade? O aspecto favorável é a farta base legal e normativa na área do envelhecimento – “como se fosse suficiente para a observância de políticas públicas”, analisou a pesquisadora.

Segundo a Dra. Louvison, a preocupação é que hoje a população idosa representa 11% da população total do Estado de São Paulo (cerca de 4,6 milhões de pessoas). As projeções mostram que, em 2050, o número de idosos deverá representar 22% da população mundial e, pela primeira vez na história da humanidade, haverá mais idosos do que crianças no planeta. O surgimento de um novo perfil populacional recomenda estratégias integradas para garantir o envelhecimento ativo do idoso.

Para o desenvolvimento do Programa, foi fundado o Comitê Intersecretarial do Estado de São Paulo, responsável pela proposição e implantação da política baseada no conceito de Envelhecimento Ativo, com o enfoque “Amigo do Idoso”. Com a liderança da Secretaria de Desenvolvimento Social, o Comitê Intersecretarial alicerça suas ações sobre os quatro pilares de atuação indicados pela Organização Mundial da Saúde para políticas com o enfoque “Amigo do Idoso”: participação, educação permanente, saúde e segurança. O Programa São Paulo Amigo do Idoso foi formalizado pelo Decreto n.o 58.047, de 15 de maio de 2012, que também instituiu o “Selo Amigo do Idoso”.

Em sua apresentação, Marília Louvison relatou a formação da Rede de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa, que inclui Atenção Primária e Hospitais “amigos”, Rede de Referências Geriátricas e Gerontológicas, Rede de cuidados de longa duração, sensibilização e capacitação para serviços e sistemas amigos das pessoas idosas, “Cidades amigas do idoso”. Os princípios observados são a intersetorialidade, o Protocolo de Vancouver para “Cidades amigas do idoso”, estabelecimento de critérios para a emissão do “Selo Amigo do Idoso”, eixos estratégicos para a condução das ações, compromisso de cada município com ações obrigatórias e eletivas como requisitos para a obtenção do selo de adesão ao Programa, respeito ao protagonismo da pessoa idosa.

Ao finalizar, a Dra. Louvison expressou que os ambientes amigáveis podem reduzir o limiar de incapacidades e que políticas não devem ser apartadas e, por isso, amigas de todos.

Página de compartilhamento de experiências sobre o enfoque “Amigo do Idoso”:


---

O Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (CEPE) é um projeto da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, gerenciado pelo Instituto Vital Brazil, criada com o objetivo de realizar avaliação interdisciplinar de idosos; promover o envelhecimento saudável e ser um ambiente de debates e formação voltada para a saúde do idoso.

O Centro Internacional de Longevidade (ILC-Brazil) é uma organização parceira do Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (CEPE) e filiada à rede global de International Longevity Centers (ILCs). Atua como um espaço autônomo de ideias, produção do conhecimento, troca de informações, proposição de políticas, mobilização social e relações internacionais sobre os temas da longevidade e do envelhecimento.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Câmara Municipal homenageia Alexandre Kalache

No discurso de homenagem, Alexandre Kalache foi descrito como um homem “rede”, um “networking man”, que procura “traduzir os interesses e demandas da sociedade para transformá-los em compromissos e ações governamentais, em políticas públicas”.  Essas palavras da Secretária Cristiane Brasil, titular da Secretaria Municipal de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida (SESQV), foram complementadas pelo seu comentário de que “isso não é nada fácil”. A Secretária Cristiane Brasil ressaltou ainda Kalache como homem público, que optou pela diplomacia, e como cidadão, que optou pela simpatia.
Alexandre Kalache recebe de Cristiane Brasil a Comenda Pedro Ernesto. 

O médico e gerontólogo Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional de Longevidade (ILC-Brazil), foi homenageado, por iniciativa do Vereador Zico, no dia 15 de março, com o Conjunto de Medalhas de Mérito Pedro Ernesto, o Título de Cidadão Benemérito do Rio de Janeiro e a Comenda Piquet Carneiro, por iniciativa da Vereadora Cristiane Brasil. A Medalha do Mérito Pedro Ernesto é a maior honraria conferida pela Câmara Municipal do Estado do Rio de Janeiro, às personalidades ímpares que se destacam na sociedade carioca e brasileira - foi criada em 1980, como reconhecimento do trabalho do prefeito Pedro Ernesto. A Comenda Piquet Carneiro foi criada no âmbito do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (COMDEPI) como condecoração destinada a homenagear as pessoas que se destacaram em assuntos ligados aos interesses dos idosos. A solenidade foi realizada no Plenário Teotônio Villela - Câmara Municipal do Rio de Janeiro, na Praça Floriano, Cinelândia.

O Centro Internacional da Longevidade Brasil (International Longevity Centre Brazil - ILC-Brazil) foi instituído em março de 2012, como espaço autônomo de ideias, produção do conhecimento, troca de informações, proposição de políticas, mobilização social e promoção de relações internacionais sobre os temas da longevidade. Atua em colaboração com o Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (CEPE), para a articulação conjunta de conhecimentos sobre a realidade do envelhecimento no Estado do Rio de Janeiro e a decorrente recomendação e avaliação de políticas públicas. O CEPE é um projeto da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, gerenciado pelo Instituto Vital Brazil, que tem como objetivo realizar avaliação interdisciplinar dos idosos, promover o envelhecimento saudável e ser um ambiente de debates e formação voltada para a saúde do idoso com perspectiva de melhorar a qualidade de vida dessas pessoas.
 
Galeria de fotos:

segunda-feira, 18 de março de 2013

Pais idosos devem morar com os filhos?

Essa dúvida frequente será debatida pelo médico e gerontólogo Alexandre Kalache no programa da TV Globo “Encontro com Fátima Bernardes”.

Kalache será o especialista entrevistado no quadro semanal “Quem tem razão”, nesta quarta-feira, dia 20 de março, às 10:40. Os idosos serão o tema central da discussão sobre as diferenças de independência e autonomia; o momento em que as dificuldades para a realização das atividades diárias indicam a necessidade de companhia de um familiar ou de alguém que assista ao idoso; riscos de morar sozinho e como lidar com essa realidade.

A preocupação com as opções de moradia do idoso está presente nos debates acadêmicos, na mídia e nas artes. Somente no caso do cinema há três exemplos recentes de filmes sobre o assunto.

Na obra franco-alemã de 2011, "E se vivêssemos todos juntos?" (no original “Et si on Vivait Tous Ensemble?”), cinco personagens acima dos 70 anos, e mais de 40 de amizade, lidam com o fato de terem envelhecido e precisarem assistência ao seu dia-a-dia (http://longeva-idade.blogspot.com.br/2012/11/o-envelhecimento-sob-o-ponto-de-vista.html).

O filme “O exótico Hotel Marigold” (The Best Exotic Marigold Hotel), de 2011, dirigido por John Madden, do Reino Unido, retrata aposentados britânicos que decidem viver na índia como solução para uma moradia compartilhada, na expectativa de desfrutarem de ajuda mútua.

Em cartaz no Rio de Janeiro, neste mês de março, o filme “O quarteto” (Quartet), produzido em 2012, também pelo Reino Unido, e dirigido por Dustin Hoffman, é ambientado em uma casa de repouso para profissionais de ópera – cantores, músicos, técnicos, produtores etc.

Além do cinema, na televisão, a própria TV Globo produziu um Especial de Fim de Ano, no dia 27 de dezembro de 2012, intitulado Doce de Mãe e protagonizado por Fernanda Montenegro. A história se desenvolve a partir das consequências da demissão da empregada da idosa.

---

Alexandre Kalache é presidente do Centro Internacional de Longevidade (International Longevity Centre Brazil – ILC-Brazil), parceiro do Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (CEPE), do Instituto Vital Brazil, que é vinculado à Secretaria Estadual de Saúde.

 

sexta-feira, 1 de março de 2013

Projeto Transporte Amigo do Idoso foi apresentado na Secretaria Municipal de Transporte

Os mais variados apectos da mobilidade urbana interessam a cada cidadão, de qualquer idade e situação econômica. Enquanto que sua adequação ao aumento do envelhecimeno populacional diz respeito diretamente ao idoso  e beneficia a toda a população.
 
A apresentação feita por Alexandre Kalache sobre o Projeto "Transporte Amigo do Idoso - amigo de todos (Taí)", a convite do Subsecretário Joaquim Monteiro de Carvalho, traçou um panorama do contexto do transporte em relação ao envelhecimento populacional e da trajetória do Comitê Intersetorial do Transporte, integrado pelo Centro Internacional da Longevidade e pelo Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (CEPE) - do Instituto Vital Brazil - e por diversos setores da sociedade civil.
 
O enfoque “amigo do idoso”, criado e divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é uma estratégia de preparação da sociedade para o crescente aumento da população idosa e suas especificidades em termos de mobilidade urbana, atividade laboral, aprendizagem permanente, vida saudável e defesa da cidadania. Todos os segmentos da vida social podem ser amigáveis ao idoso, desde cidades, estados, países, até unidades de saúde e indivíduos, como foi o caso do projeto Porteiro Amigo do Idoso, desenvolvido em Copacabana, a partir de 2005.

Na abertura do encontro, o Secretário Carlos Osório considerou o projeto oportuno e necessário à cidade do Rio de Janeiro que já serve de exemplo para o restante do país no que se refere às iniciativas voltadas à mobilidade urbana. A Secretária Municipal Cristiane Brasil, da Secretaria do Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida (SESQV), acompanhada de vários membros da equipe da Secretaria envolvidos na busca de melhorias para a cidade que beneficiem a população idosa, ressaltou a importância do projeto e a afinidade com as iniciativas da SESQV.


Em pé à direita, o Subsecretário Joaquim Monteiro; à esquerda o Secretário Carlos Osório; e, sentados, de costas, Alexandre Kalache e Cristiane Brasil.

Participaram também profissionais de outras pastas e áreas, como Secretaria Municipal de Urbanismo, Rio Luz, CET-Rio, Segurança, organização Rio Eu Amo Eu Cuido, Porto novo, projeto Calçadas Cariocas, Universidade Celso Lisboa.
 
Contatos sobre o Projeto podem ser feitos pelo telefone (21) 2334-6840 e pelo email silvia.costa@ilcbrazil.org