terça-feira, 13 de maio de 2014

Visão bíblica e teológica sobre a finitude

Se o processo de morrer é matéria da Teologia ou da Medicina – não era o objetivo do debate no Fórum “Finitude em Questão”, realizado pelo Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (Cepe) em parceria com a PUC-Rio. Ao abrir o evento, a diretora do Cepe, médica e pesquisadora Thelma Rezende afirmou que a série de seminários sobre a finitude “tem o propósito de promover a reflexão sobre a existência e o sentido da vida”. Thelma destacou a importante parceria deste Fórum com a PUC-Rio, na pessoa do filósofo, professor Edgar Lyra, que foi o convidado do primeiro seminário da série.
 
Os convidados da edição de 12 de maio, segundo seminário da série, foram o Padre Leonardo Agostini Fernandes, diretor do Departamento de Teologia da PUC-Rio e professor de Sagradas Escrituras; e o teólogo César Augusto Kuzma, professor de Teologia Sistemático-Pastoral, também do Departamento de Teologia da PUC-Rio.
 
A apresentação do Padre Leonardo teve como ponto de partida o imaginário que relaciona a morte à escuridão, a figuras monstruosas, a aspectos temíveis, ao mesmo tempo em que mostra uma luz ao final do caminho. Quanto à fé, expressou que “pensar que não se sabe se há vida após a morte, já implica a crença de que pode haver algo”. Assim, conclui que “a morte é um mistério que permite pensar além dela”.
 
Para o teólogo César Kuzma, os significados da morte estão associados ao rompimento, caminho sem volta, a questionamentos. Enquanto que “a dimensão da fé permite ‘ver’ a ressurreição”. César Kuzma leu o texto de sua autoria, “Morte e ressurreição – o limite humano na grandiosidade de Deus”, um testemunho de sua fé e referências teológicas. Assim como havia feito o Padre Leonardo, César Kuzma contou sua experiência diante da morte de sua mãe, por ele presenciada.
 
Os dois convidados falaram sobre possíveis atitudes dos profissionais de saúde quando confrontados com a finitude. César Kuzma vê o amor como elemento central, independente da crença religiosa. Padre Leonardo acredita no amor como expressão – e não como sentimento, que seria fugaz – e como comportamento, por manifestar-se nas ações.

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