segunda-feira, 24 de março de 2014

É preciso pensar na finitude, dizem debatedores

A formação na área do envelhecimento populacional proporcionada pelo Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (CEPE) mobiliza temas indissociáveis da prática a ser fortalecida por seus processos de ensino-aprendizagem. E a opção por desenvolver um pensamento sobre a finitude terá destaque neste ano de 2014, começando com o primeiro de uma série de eventos no dia 20 de março passado.
 
O Fórum “Finitude em Questão”, realizado em parceria com a PUC-Rio, foi aberto pela diretora do CEPE, Thelma Rezende, médica e pesquisadora, com algumas reflexões sobre o tema que considera “problema dos vivos”.  Seu convidado, o filósofo, professor Edgar Lyra, da PUC-Rio, introduziu a finitude e a morte de uma maneira interdisciplinar. Falou sobre a multiplicidade de perspectivas: médica, filosófica, mítica e religiosa, socioeconômica, antropológica, psicanalítica, ética e jurídica, poético-literária e cientifica.
À esquerda, Professor Edgar Lyra, da PUC-Rio, com a Dra. Thelma Rezende, diretora do CEPE.
 
Edgar Lyra ponderou que “não temos conhecimento (sobre a morte), podemos apenas acreditar. Finitude não é a mesma coisa que a morte. Morte é a possibilidade mais extrema da vida. A morte é sempre uma possibilidade, mas não ‘vivemos’ a morte. Há movimento científico com objetivo de ‘curar a morte’”. As referências do professor Lyra são suas leituras de Martin Heidegger.
 
Durante o debate, Thelma Rezende provocou afirmando que “não temos educação para a morte”. Entre outros comentários, a Dra. Louise Plouffe, do ILC-BR, aprofundou esta ideia dizendo que “a finitude é uma fonte de alegria porque nos faz buscar as coisas eternas na nossa vida. Sem consciência da finitude talvez a gente nem buscasse”.

Silvia M. M. Costa e Ina Voelcker (ILC-BR)

Nenhum comentário:

Postar um comentário