A convergência da Política de Humanização do Sistema Único de Saúde - SUS (PNH/Ministério da Saúde) com a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa coloca em destaque a mudança para um paradigma centrado no cuidado.
Integrante do Conselho Diretor do Centro Internacional de Longevidade Brasil (International Longevity Centre Brazil – ILC-BR), a médica sanitarista, Marília Cristina Prado Louvison falou à Equipe de Comunicação e Jornalismo da PNH/MS. Marília é professora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo e Presidente da Associação Paulista de Saúde Pública, tendo coordenado por cinco anos a área técnica de saúde da pessoa idosa da Secretaria Estadual de Saúde/SP. Hoje integra o grupo assessor da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa do Ministério da Saúde.
Para Marília Louvison, o paradigma do Cuidado supera o modelo orientado para a cura para se concentrar na capacidade funcional da pessoa idosa. Além disso, humaniza o cuidado pelo combate ao preconceito contra pessoas idosas, ainda rotuladas segundo diversas atitudes discriminatórias. Importante componente desse processo é a formação dos profissionais de saúde para o cuidado específico do idoso, centrado no curso de vida/capacidade funcional e em estratégias de promoção da saúde. A médica ressalta a necessidade de compreensão da heterogeneidade desse grupo etário. Em sua entrevista, Marília Louvison analisa: “Somando-se a esse quadro a transição demográfica e a transição epidemiológica, amplia-se a prevalência de doenças crônicas, especialmente as cardiovasculares, endócrinas e oncológicas, que demandam cuidados ao longo de toda vida.”
Em contexto de transição demográfica, com menos nascimentos e número crescente de idosos, há que se conhecer mais as particularidades sociais e sanitárias das pessoas em processo de cuidado.
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