quinta-feira, 30 de abril de 2015

A avaliação da comunidade, pelos próprios idosos, como componente da avaliação geriátrica ampla

Pessoas idosas devem ter voz sobre o que está ao seu redor. O planejamento de ações, políticas, iniciativas e de tudo relacionado ao processo de envelhecimento tem a pessoa idosa como ponto de partida e demandante de melhorias e adaptações nos recursos dos espaços em que vive.
 
O VIII Seminário de Pesquisa em Gerontologia e Geriatria da Unicamp juntou pesquisadores do país inteiro, no final de abril, para discutir vários aspectos da avaliação geriátrica ampla, durante três dias. O evento foi organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Gerontologia e o Departamento de Clinica Médica da Faculdade de Ciências Médicas e contou com a liderança da Professora Doutora Anita Neri e sua equipe de professores, doutorandos e mestrandos. O seminário teve a participação de 250 estudantes e profissionais de gerontologia e geriatria que assistiram às palestras de cerca de 40 expositores.
Ao alto, Ina Voelcker e Andrea Lopes, coordenadora da mesa. Abaixo, Anita Neri e equipe organizadora.
 
Na visão da Professora Anita Neri, "é crucial a inclusão do tema quando se fala sobre a avaliação geriátrica ampla. Essa metodologia coloca o idoso como protagonista da avaliação do contexto em que vive, levando a uma avaliação abrangente e interdisciplinar." A expositora Ina Voelcker, coordenadora de projetos técnicos do ILC-BR, apresentou o conceito de pesquisa participativa e da abordagem “de baixo para cima” (em inglês “bottom-up approach”). Segundo Ina, “a filosofia ‘de baixo para cima’ foi adotada pelas Nações Unidas como estratégia de avaliação do Plano Internacional de Madri para Ação sobre o Envelhecimento. Essa foi a primeira vez que uma abordagem de baixo para cima foi aplicada a um instrumento internacional.”
 
A iniciativa “Cidade Amiga do Idoso”, concebida por Alexandre Kalache na Organização Mundial de Saúde (OMS), segue os mesmos princípios. Ina apresentou esta iniciativa da OMS que cresceu muito nos últimos anos e se organiza em forma de uma rede global desde 2010. “Desde o inicio, quando foi aplicado um protocolo de pesquisa em todas as cidades que se juntaram ao movimento, muitas cidades e comunidades no mundo inteiro deram um papel protagonista ao idoso na avaliação dos recursos da própria cidade”, explicou Ina. Também relatou que o ILC-BR fez, em 2014, uma revisão destas experiências internacionais para desenvolver um novo protocolo de pesquisa: o Protocolo do Rio. Este protocolo foi desenvolvido com o apoio da FAPERJ – Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro e está sendo aplicado em um projeto piloto em municípios brasileiros.
 
Além da iniciativa cidade amiga do idoso, Ina também compartilhou duas experiências internacionais que usam a mesma filosofia, para empoderamento e engajamento dos idosos. Uma destas experiências é o projeto “Older Citizens Monitoring” (Monitoramento pelos Cidadãos Idosos) da HelpAge International, uma ONG que trabalha na área de envelhecimento e desenvolvimento internacional. “Este projeto segue um ciclo que começa com a formação de grupos de idosos e a capacitação dos mesmos. Depois os próprios idosos monitoram a observância dos seus direitos no nível local e relatam os resultados destas pesquisas ao público e aos gestores públicos demandando que as políticas públicas sejam melhoradas”, disse Ina.
 
Em sua palestra, Ina ressaltou que essas iniciativas garantem que as decisões tomadas por gestores públicos sejam adequadas para aquela comunidade, assim como o apoio do próprio cidadão tornado parceiro da ação. Além disso, é potencializada a participação do idoso na sociedade e o reconhecimento destas contribuições do idoso.
 
A apresentação foi seguida por um debate sobre a realidade brasileira e a importância de incluir pessoas de todas as idades nesta avaliação dos recursos da comunidade. As telas da apresentação estão disponíveis neste link e todas as apresentações serão publicadas pela Unicamp nas próximas semanas.
 
Colaboração de Ina Voelcker

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Fórum Permanente sobre Demências no Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (Cepe)

Em sintonia com o contexto internacional de proposição de políticas e de planos nacionais para o cuidado das demências, o Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (Cepe), começou em abril o “Fórum Permanente sobre Demências”, constituído por uma série de eventos bimestrais, organizados com temas relevantes e de grande alcance.
 
O expressivo aumento da população idosa é acompanhado pelo crescimento do número de pessoas com demência - uma condição de saúde que influencia a qualidade de vida e causa grandes tensões aos cuidadores e aos sistemas de saúde. As informações do simpósio 2015, da Conferência Mundial de Cúpula em Inovações para a Saúde (World Innovation Summit for Health - WISH), estimam que “a cada quatro segundos há um novo caso de demência no mundo”.
 
A preocupação mundial com o impacto do elevado número de casos de demência provoca uma mobilização das sociedades, que buscam alianças voltadas a soluções ou bons encaminhamentos para o problema, a exemplo do debate na Conferência Ministerial da OMS por uma Ação Global Contra a Demência, realizada em março passado.
 
Entre as muitas iniciativas no mundo, o Fórum Mundial de Demografia e Envelhecimento (WDA Forum – World Demographic & Ageing Forum), reunido em Saint Galen, na Suíca, em agosto de 2014, publicou recomendações sobre estratégias para implementação do projeto “Estratégia Nacional para a Demência 2014-2017”, de modo a melhorar a vida de pessoas idosas que vivem com demência e de seus cuidadores.

Disseminação continuada do conhecimento
 
Desde sua fundação, ao comprometer-se com o envelhecimento saudável e a saúde do idoso, o Cepe produz, gerencia e dissemina conhecimento em diversas temáticas, em construção gradativa, como no caso das Demências, que já contou com palestra da professora Cleusa Ferri, da Universidade Federal de São Paulo e pesquisadora epidemiologista.
Dr. Jerson Laks em diálogo com os participantes do Fórum
O primeiro encontro do Fórum Permanente sobre Demências, “O que é demência?”, foi conduzido por Jerson Laks, coordenador técnico do Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (Cepe), coordenador do Centro para Alzheimer do Instituto de Psiquiatria (IPUB) da UFRJ e Pesquisador 2 do CNPq. Sua experiência na área de Alzheimer e Demências ultrapassa fronteiras e ganha dimensão internacional.
 
Durante o encontro, Jerson alertou que “problema de memória é diferente de demência e que cabe ao médico e à equipe de saúde reconhecer essa condição. As perguntas feitas no atendimento ajudam essa identificação”.
 
Para Jerson Laks, o Fórum “cria uma cultura de discussão sobre a demência no Brasil e no mundo. O médico pontuou, ainda, que o Cepe atingiu condições técnicas e amadurecimento para esse debate”.
 
Um dos objetivos do Cepe é discutir os vários aspectos que envolvem os fatores de risco, o diagnóstico, o manejo e as políticas públicas para a cobertura das necessidades não atendidas para as demências e doenças neurodegenerativas no Brasil e no Rio de Janeiro. O Fórum também se destina ao assessoramento à rede básica em questões relacionadas às demências.

Serviço
Local: Cepe - Av. Padre Leonel Franca, 248, Gávea
Telefones: 2334-6838 e 2334-6839

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Pontos de encontro entre sistemas de saúde de Brasil e Inglaterra

As semelhanças e diferenças na Atenção Primária à Saúde dos dois países lançam luzes sobre as discussões que envolvem o Sistema Único de Saúde (SUS), organizado pela estratégia de saúde da família, assim como o National Health Service (NHS), da Inglaterra (em português: Serviço Nacional de Saúde).

O seminário “Reflexões de jovem médico de família brasileiro sobre o sistema de saúde britânico”, promovido por Centro Internacional de Longevidade Brasil (ILC-BR) e Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (Cepe), traçou um paralelo entre o SUS e o NHS.
Alexandre Kalache recebe o palestrante Eberhart Portocarrero Gross
O médico referido no título do seminário, Eberhart Portocarrero Gross, expôs suas reflexões originadas pela visita técnica ao Reino Unido para conhecer o sistema de saúde britânico, baseado na Saúde da Família. Eberhart Portocarrero Gross é médico de família e comunidade da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP)/FIOCRUZ, graduado pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO - 2011).

Realizado no dia 14 de abril, no auditório do Cepe à Av. Padre Leonel Franca, 248, Gávea, o seminário teve moderação de Alexandre Kalache, presidente do ILC-BR e co-presidente da Aliança Global de Centros Internacionais de Longevidade (International Longevity Centres Global Alliance – ILC-GA).

Foram debatedores, o Superintendente de Atenção Primária da Secretaria Municipal de Saúde, Guilherme Wagner, que tem graduação em Medicina pela Escola de Medicina Souza Marques (2002); foi Médico de Família e Comunidade na Clínica da Família Maria do Socorro S. e Souza, na Rocinha / SMSDC RJ; Médico Preceptor da Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade da Secretaria Municipal de Saúde; e a Coordenadora da área de Saúde do Idoso da Secretaria de Estado de Saúde, Rejane Laeta Galvão de Brito, terapeuta ocupacional com especialização em Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa pela Ensp/Fiocruz e em Psicogeriatria pelo Ipub/UFRJ; atuante no Serviço de Geriatria do Hospital Federal dos Servidores do Estado.

O que se assemelha e o que difere?

No início do século XX, segundo Eberhart Portocarrero Gross, “os primórdios dos serviços de saúde nos dois países, em sua pré-história, eram de natureza privada, filantrópica e previdenciária”. Porém, as diferenças começam nos períodos em que os países viveram as grandes mudanças. Enquanto a Inglaterra funda o NHS no pós-guerra, em direção a um sistema de bem estar social, o Brasil concebe o SUS em 1988, em pleno processo de redemocratização do país.

O médico Eberhart e público participante
Sobre os acontecimentos do pós-guerra, Eberhart cita o filme documentário “O espírito de ‘45”, de Ken Loach, difundido com o slogan “saúde, habitação e transportes, públicos e para todos”. Eberhart lembrou os presentes que o chamado “Espírito de 1945” dominou o período na Grã-Bretanha com a crença de que, sem guerra, se viveria a paz e que o bem público seria o valor mais importante de democracia, na saúde, habitação e no transporte.

Entre as confluências dos dois sistemas, Eberhart indicou que “eles se caracterizam como gratuitos no ponto de acesso, centrados na atenção primária, orientados pela territorialização, articulados com especialistas focais e baseados em visitas domiciliares.” Sendo que, no NHS, cada General Practitioner é responsável por 1.500 pessoas, “100% de cobertura real”, nas palavras de Eberhart Portocarrero Gross, que acrescentou que a forma como o NHS se constitui “é de grande inspiração para o mundo”. Em sua avaliação, como atributos de prós e contras, o médico Eberhart considera “o acesso, bom; a continuidade, regular; a integralidade, regular e a coordenação, boa”.

O saldo da visita, para Eberhart, mostrou a vantagem de aprender com os acertos (e com os erros) dos outros. Em sua chegada, pedia desculpas, mas “voltou orgulhoso: de como viajar é sempre para dentro”.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Congresso Latino Americano de Geriatria e Gerontologia

Países da América Latina discutem o envelhecimento populacional a partir do tema “Inovação científica, sustentabilidade e envelhecimento”.
 
A sétima edição do Congresso Latino Americano de Geriatria e Gerontologia (VII COMLAT), realizada em Belém, Pará, de 9 a 11 de abril, é organizada pelo Comitê Latino-Americano e Caribe em Geriatria e Gerontologia, da Associação Internacional de Geriatria e Gerontologia (International Association of Gerontology and Geriatrics – IAGG), com o apoio da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).
 
Especialistas da América Latina e da Europa, Coreia do Sul, Estados Unidos e Canadá trocam experiências sobre uma ampla gama de questões do envelhecimento que afetam as sociedades culturalmente distintas, mas semelhantes quanto aos reflexos do extenso crescimento da população idosa em todas as regiões do mundo.
 
O eixo “Gerontologia”, do programa, promove um fórum sobre “Grandes entidades em envelhecimento”, para destacar as organizações da área de envelhecimento e longevidade que atuam em redes ou grandes consórcios internacionais e disseminam os aspectos fundamentais e também aqueles específicos do tema. Entre as organizações de projeção, Alexandre Kalache descreve a Federação Internacional de Envelhecimento (International Federation of Ageing – IFA), a HelpAge Internacional e a Alliança Global de Centros Internacionais de Longevidade (International Longevity Centres Global Alliance – ILC-GA). Kalache é médico e gerontólogo, co-presidente da ILC-GA e presidente do ILC-BR.
 
Alexandre Kalache encerra o evento com a conferência “Repensando o curso de vida em resposta à Revolução da Longevidade”, sob a presidência de Nezilour Lobato Rodrigues, geriatra paraense.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Arte e envelhecimento ativo: expressão pela criação de azulejos florais

Cores, formas, texturas, impressões táteis, percepções visuais, sentimentos, sensações, relações interpessoais e entre gerações: muitos são os elementos vivenciados em processos criativos, por pessoas de todas as idades. Em especial, homens e mulheres com 60 anos e acima exercitam seu imaginário para transformar materiais em obras.
O azulejo surge de um processo de criação que começa na argila, se modifica pelo manuseio e chega a um produto final admirável. Para o artista Pedro Kalache, “a argila é um material versátil e adequado a todos os tipos de habilidades, por ajudar a desenvolver possibilidades manuais, coordenação, concentração e criatividade”. Comenta ainda que “trabalhar com argila é uma experiência sensorial com grande valor terapêutico”.
O artista e professor Pedro Kalache com alunas de oficina
A arte de Pedro Kalache com argila vai de seu próprio potencial criativo ao estímulo para que outros sintam a experiência da criação com esse material, quando realiza oficinas com participantes de todas as idades - uma oportunidade para as relações entre jovens e idosos.
Pedro Kalache é carioca e londrino. Nasceu no Rio, reside em Londres e mantém afetos nas duas cidades. Formado em Ceramic Design, na Central School Saint Martin, Pedro desenvolve sua arte guiado por grande paixão pela argila. 
Thelma Rezende, coordenadora geral do Cepe, abre a Oficina
O Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (Cepe), vinculado ao Instituto Vital Brazil, começou a Oficina de Azulejos Florais, que vai desta segunda-feira, 6 de abril, até dia 15 de maio, sempre das 14h às 17h. A Oficina faz parte do Circuito de Arte e Envelhecimento do Cepe, é gratuita, assim como todo o material a ser utilizado. Local: Av. Padre Leonel Franca, 248, Gávea. Mais informações: (21) 2334 6837.

Revista do Grupo Folha aponta Alexandre Kalache como um dos "palestrantes mais requisitados do país"

As “Lições de sabedoria” são oferecidas para quem quer “aprender sobre felicidade, motivação, trabalho e finanças - com alguns dos palestrantes mais requisitados do país”, diz a edição de 5 de abril da Revista da Hora, do Grupo Folha, publicada aos domingos com o jornal Agora São Paulo.
 

O médico e gerontólogo, Alexandre Kalache, co-presidente da Aliança Global de Centros Internacionais de Longevidade (Global Alliance of ILCs) e presidente do ILC-BR, falou para a Revista da Hora sobre o envelhecimento como processo desenvolvido ao longo de toda a vida. E que, por isso mesmo, pode ser positivo para que se alcance qualidade de vida durante todo o tempo, inclusive na velhice.
 
Para Kalache, “quanto mais cedo começarmos a investir na saúde, nos relacionamentos, nas finanças e nos conhecimentos, mais preparados estamos para que seja com qualidade de vida”. As informações sobre finanças foram tema da jornalista Mara Luquet, matéria de capa com Alexandre Kalache, seu parceiro no programa 50+CBN da CBN.
 
Na matéria da repórter Laís Oliveira, Kalache ressalta que há quatro capitais fundamentais a serem cultivados: “o capital vital, da saúde; o capital financeiro, para a segurança e a proteção; o capital intelectual, dos conhecimentos; e o capital social, que vai da família aos amigos”. Preservar esses capitais facilita e, muitas vezes, garante a qualidade de vida durante o processo de envelhecimento.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Rio Grande do Sul sai na frente com projeto “Município para todas as idades”

As cidades precisam se preparar para o crescente número de pessoas longevas, em especial no Brasil, que já não é “um país jovem”, conforme slogans da década de 1960. A preparação dos municípios para o expressivo aumento da população idosa leva em consideração que, em todo o país, enquanto o número de idosos duplicou nos últimos 20 anos, no mesmo período houve redução da quantidade de pessoas com menos de 25 anos. Além disso, nos últimos cinco anos, a taxa de fecundidade está abaixo do nível de reposição - uma tendência que revela a diminuição do número de pessoas que poderiam prestar cuidado aos mais velhos. Colocado esse desafio para as famílias, o cuidado adquire caráter coletivo para a construção de soluções e de políticas públicas específicas para a população idosa.
 
Veranópolis, no Rio Grande do Sul, situada na Serra Gaúcha, é conhecida como “terra da longevidade”, por ter sido sempre um município de longevos. A cidade vem promovendo iniciativas para a sua extensa população idosa e não para nunca, por exemplo, a partir de 1994, o setor de Geriatria da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul iniciou pesquisas com os idosos de 80 anos ou mais, com o apoio da Administração Municipal, através da Secretaria da Saúde e Assistência Social. Desde então, mais de 30 trabalhos científicos vêm estudando as características da longevidade local.
 
A Prefeitura de Veranópolis e o Centro Internacional de Longevidade Brasil (ILC-BR), juntamente com a Associação Veranense de Assistência em Saúde (AVAES) e o Professor Doutor Emílio Moriguchi - instigador das pesquisas sobre envelhecimento no município-, avançaram mais um passo na direção de tornar Veranópolis um município amigável para os idosos e para pessoas de todas as idades, de acordo com os princípios do “envelhecimento ativo” estabelecidos pela OMS.

No dia 27 de março, reuniram-se os diversos participantes do projeto “Veranópolis - Município Para Todas As Idades”: o Professor Moriguchi, representantes da Prefeitura, ILC-BR, AVAES, RGE/CPFL e do partícipe que desempenha um papel chave - o Conselho Municipal do Idoso, por sua representação da população idosa local e como gestor do Fundo Municipal do Idoso - para viabilizar a execução da proposta, por meio da contribuição proporcionada pela empresa Rio Grande Energia (RGE), distribuidora do grupo CPFL Energia.
 
Solenidade realizada em Veranópolis, no dia 27 de março, com representantes de todos os participantes do projeto.
 
O início da nova etapa do projeto foi marcado pela assinatura do Termo de Compromisso entre a RGE/CPFL e a Prefeitura de Veranópolis, além da entrega simbólica de cheque no valor de R$ 300 mil, destinado ao Fundo Municipal do Idoso, que será aplicado conforme deliberação do Conselho Municipal do Idoso de Veranópolis.
 
O ponto de partida deste projeto é o envelhecimento populacional e a consequente necessidade de responder a esta mudança demográfica que ocorre em paralelo com várias outras mudanças, como por exemplo, a diminuição no tamanho de famílias e a crescente participação de mulheres no mercado de trabalho. Ancorado na perspectiva de direitos humanos, o projeto visa à inclusão do cidadão veranense na formulação de políticas públicas que lhes dizem respeito. Entre as etapas do projeto “Veranópolis - Município Para Todas As Idades” estão o estabelecimento de um mecanismo para envolver pessoas idosas do início ao fim; a fixação de uma medida de linha de base do município; a elaboração de um plano de ação e a identificação e aplicação de indicadores de monitoramento.